sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sim, eu sou crente!

Olha aí galera, um texto para os adolescentes inteligentes que eu sei que vcs são! Bom proveito. Com Amor, Pr Jan.


Sou flamengo, mineiro de nascença, capixaba de criação e coração, pai, marido, pastor, ciumento com minhas sobrinhas, pecador, brincalhão, e tantas outras coisas que se demonstram na minha conduta. Mas sou crente sim.
Essa expressão, crente, ficou desgastada por motivos compreensíveis, pois nos últimos anos os escândalos no chamado “meio evangélico”, trouxeram essa marca negativa à nossa crença. Com isso, algumas outras expressões foram substituindo o “crente”. Mas não foram só os escândalos evangélicos que a desgastaram.
Por muito tempo, “virar crente” significou deixar de beber, fumar, esquecer amizades “imundas”, e virar um verdadeiro ET. Como todo grupo de afinidades, tribos ou seja lá o que for, o “crente” também tinha que adotar uma maneira peculiar de se vestir, para ser distinguido. Além disso, no vocabulário do novo ET eram incorporadas novas expressões que o fazia sentir-se pertencente ao “seleto grupo dos que vão pro céu”. Expressões como: “to na bênção”, “ta amarrado”, ou “ô glória”, mostrava às pessoas que uma nova criatura havia surgido. Oxalá essa mudança não fosse apenas nos trejeitos, mas que realmente o velho homem morresse dando lugar a um novo nascimento genuíno.
Infelizmente, o tempo tem mostrado que essa síndrome de perfeição mudou pouco o comportamento ético, moral e social dos “crentes”.
Feito essa ressalva, quero dizer que ainda sou crente. Pois numa espécie de reação em cadeia, outro grupo nasceu, e é tão danoso ao Evangelho quanto o primeiro. Esse grupo é o dos seculares, que para não se parecerem com os “crentes” citados anteriormente, foram para o outro lado do pêndulo, aceitando tudo como normal, até mesmo que de uma mesma fonte pode jorrar água doce e amarga, e baratearam a graça de Deus, justificando o pecado, ao invés do pecador. De fato, um equilíbrio nessa relação é ao mesmo tempo urgente e difícil, mas não impossível.
Quando digo que sou crente, me refiro ao fato de crer que Jesus é o filho de Deus, meu Rei e que seu sacrifício foi suficiente para me salvar do pecado.
Se Ele é meu Rei, quer dizer que direciona meus atos, minha vida e minha esperança. Se o Seu sacrifício foi suficiente para me salvar, não é necessário me enquadrar na moda gospel, ou adquirir um palavreado cheio de chavões para ser salvo ou parecer diferente.
Em resumo, ser crente é declarar com atitudes éticas e morais, que Jesus é meu Rei, e que não importa a moda filosófica vigente, minhas atitudes estarão sempre respaldadas nos ensinamentos do Mestre.
Sou seguidor de Cristo, podendo ser chamado também de cristão. De fato, a nomenclatura é secundária, mas rejeito a idéia de que tenho que deixar de ser crente pra ser cristão, aceitando toda sorte de aberrações e afrontas aos princípios bíblicos porque ser crente, pra alguns, é sinônimo de gente antiquada ou fanática.
Se as pessoas sabem de informações supérfluas como nosso time de futebol ou qual a marca preferida de calçados ou roupas, mas não sabem quem Reina sobre nós, a pergunta que fica é: Cristo reina de fato sobre nós?
Por isso, prefiro o ônus da explicação demorada sobre a diferença entre “crente” e crente, do que não declarar Jesus diante dos homens*. Que essa declaração não seja apenas pelo discurso, mas que ganhe credibilidade na vida prática diária. Que Deus por misericórdia nos capacite.
* "Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus. Mateus. 10. 32, 33.

Texto que será publicado no Boletim informativo da Igreja Presbiteriana de Florianópolis, no dia 12/06/2011. Autor: Pr. Jan Berbert.

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